Era a dor falando alto,a dor da imagem daquele futuro em mente traçado a dois,o medo do desconhecido,da prisão em duas almas.E mesmo com o incerto do dividido o que mais me apavorava era aquela vontade incontrolavel de viver só,de querer tanto a solidão.
_Saia deste quarto!_gritava minha protetora a tanto.
_Claro,já vou!_sem pretesto algum de cumprir o que dizia.
Afinal eu estava me encontrando naquelas leituras,enquanto tocava as músicas as quais nem prestava atenção,que serviam apenas para abafar os cochichos e outros sons que me atormentavam.
Me desliguei ao sentir aquelas palavras,para esclarecer a mim mesma, e quando eu mais me sentia pronta para viver só,novas palavras me alertaram para o que mais me importa ou se considera importante,o que fazia loucas as minha frases até agora escritas ou pensadas.
Eram seis horas e o sol havia se posto sem que nem ao menos eu tivesse notado sua despedida.E o futuro chegava,e ainda chega,rápido demais para que se termenine assim tão só.